quinta-feira, 22 de junho de 2017

Torcidas politicamente corretas? A censura aos gritos das arquibancadas


Abro o site da Folha de São Paulo e me deparo com uma matéria chamada “Voz das Arquibancadas”Abaixo, um subtítulo diz: Gritos de intolerância”. Entre os vários pontos ressaltados está o fato de que as torcidas usam termos como “bicha” para xingarem os adversários. Mesmo quando o canto é de comemoração”, assinala o jornal, “há xingamentos motivados por orientação sexual ou gênero.”

domingo, 18 de junho de 2017

Roger Scruton: Por que os músicos precisam da filosofia?

Por Roger Scruton
Roger Scruton
Nem tanto — devo admitir — quanto os filósofos precisam da música, mas mesmo assim a necessidade é verdadeira. No passado, a nossa cultura musical teve um firme alicerce na igreja, nas salas para concerto e nos lares. A prática comum da harmonia tonal unia compositores, intérpretes e ouvintes através de uma linguagem comum e as pessoas tocavam os instrumentos em seus lares com um sentido íntimo de pertencimento à música que faziam, assim como a música lhes pertencia. O repertório não era controverso, tão pouco, sobretudo, desafiador, e a música assumia seu devido lugar nas cerimônias e comemorações da vida comum, ao lado de rituais do dia a dia das religiões e em formas de boas maneiras.
Não mais vivemos naquele mundo. Poucas pessoas tocam instrumentos e a música nos lares surge de máquinas digitais, controladas por botões que não exigem cultura para serem pressionados. Para muitas pessoas, especialmente os jovens, a música é uma forma de apreciação solitária a ser absorvida sem julgamento e armazenada sem esforço no cérebro. As circunstâncias da criação musical, por esse motivo, mudaram radicalmente, e isso se reflete não apenas no conteúdo banal da melodia e da harmonia na música popular, mas também no sumiço da melodia e da harmonia no repertório ‘clássico moderno’. Liberta de seus velhos fundamentos institucionais e sociais, a nossa música se lança tanto pela estratosfera modernista, onde somente as ideias podem respirar, quanto permanece ligada à vida terrena, através de mecanismos repetitivos do pop.

sábado, 17 de junho de 2017

A esquerda vê machismo até no preço dos ingressos femininos em baladas


Meu amigo Thiago Kistenmacher Vieira escreveu em um artigo aqui no Instituto Liberal que há um livro em que a autora Carol J. Adams, professora universitária nos EUA, vê machismo no simples ato de comer carne. O cúmulo do ridículo, pura esquizofrenia acadêmica. Pois bem, aqui no Brasil as coisas não são diferentes. No jornal Zero, publicação dos alunos do curso de jornalismo da UFSC, há uma matéria cujo título é “Por que as mulheres pagam menos em festas?”. Nela os alunos do jornalismo viram machismo no preço da entrada das baladas. É um hábito, no Brasil, que o valor da entrada na maioria das festas seja menor para mulheres. Muitas vezes as mulheres pagam a metade do valor do ingresso masculino. Para a esquerda isso é machismo.